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Eu que não quero ficar sentado no trono de um apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar...

A arte do improvável

segunda-feira, 16 de julho de 2012

  Para a vida não existem regras que resistam, nem leis que perdurem para sempre, a vida sempre nós quebra, desmonta expectativas, frustra e também nos deixa embasbacados.
É sempre assim, a gente é que não entende isso, já sabemos como funciona, mas não entendemos, não ouvimos, não olhamos, não queremos o que é incontrolável, queremos aquilo que podemos ditar e comandar, manter rédeas curtas e dominar, possuir.
  Durante toda a nossa existência fazemos planos, traçamos metas, organizamos sonhos, ao atingir alguma destas coisas, passamos a criar novos objetivos, e assim por diante, tudo isso para satisfazer alguma coisa que falta em nós ou para nós. Quando temos 10 anos sonhamos com um mundo de facilidades e de fato sonhamos muito alto, aos 15 alguns sonhos já se perderam, novos vieram, assim como muitas paixões, o tempo vai passando e quando vê temos que decidir sobre a profissão e com ela vem também as responsabilidades, ou é a faculdade ou é o emprego, o que faremos? Alguns são bons em uma coisa, mas isso não dá dinheiro! Precisamos da estabilidade, ai vem as corridas pela estabilidade, também precisamos de pessoas ao nosso lado que sejam bem sucedidas, tanto financeiramente quanto espiritualmente, gente com boas vibrações, gente bonita, gente que busque crescer, mas o que é crescer, quando a vida derruba tudo sempre e mostra que não somos nada?
 Me parece que esquecemos que somos como a poeira, que tudo que esta em um momento se vai em outro, que tudo que começa acaba e se tem tempo para tudo, nos importamos com as coisas materiais, com o exterior e esquecemos o que é realmente valoroso. Mediocridade, hipocrisia, se alguém acha que controlou a vida, é só olhar a sua volta, alguém ai escolheu conhecer todas as pessoas que conheceu até hoje? Ou ter a doença que teve, ou sofrer o acidente que sofreu, ou amar quem se ama? É só olhar para o coração e ver e sentir, é o improvável, como já disse o Fernando pessoa Navegar é preciso, viver não é preciso, quando navegamos temos precisão de onde vamos chegar, quando vivemos não temos precisão nenhuma.

É a pura arte do improvável mostrando que não somos nada.