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Eu que não quero ficar sentado no trono de um apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar...

O mundo das coisas #1

segunda-feira, 19 de março de 2012



Não é de agora que o coração humano se auto estupra e acaba contaminado pelo vírus do exterior, sim, em todos os tempos em todas as eras, Não é segredo para ninguém. Mas fica claro com a passagem do tempo que tudo ficou mais exposto, sutilmente fomos levados a aceitar ou então a achar natural todos estes processos que vemos todos os dias- na rua- na faculdade- no supermercado- na televisão- e com toda certeza no lugar mais escondido de todos dentro de nós, sim somos tentados a todo instante a ceder ao aqui e agora; um simples pensamento, uma vontade, um desejo, uma inveja, uma busca por felicidade, uma busca por preenchimento.

O que estou falando é justamente dos fatos que nós homens e mulheres que vivemos na chamada Pós modernidade aceitamos e vivemos como se fosse tão natural. Sim fomos acostumados a perder as qualidades da alma, fomos transformados em robôs de um sistema, e este processo de desumanização do ser gera em nós, tudo que já vemos sempre, andamos nervosos, o Stress acumula, o enraivar e a competição são estimulados, a busca por satisfação momentânea é aguçada, se perde o tato, o contato genuíno, nesta vida o que vale é o aqui e agora, O melhor vence, o mais capacitado, quem tem grana, quem tem a melhor performance, o rosto bonito, o status, quem segue as regras. O que importa nesta vida é ter um bom carro, uma linda casa, uma bela mulher e se a mulher não satisfazer porque não uma amante, queremos e desejamos os fatores externos a todo momento, e acabamos esquecendo do fator interno, com isso pelo menos duas coisas são geradas, ou dois tipos de pessoas e coisas:

 Nasce e cresce uma pessoa totalmente dominada pelo seu medo de perder tudo, com o medo de não ser ninguém na vida ( já que na vida só se alguém se você tem alguma coisa), é gerado no coração a busca incessante pelo Status, não somente dela, mas de quem estiver por perto( não queremos fracos ao nosso lado, muito menos os que se importam com o interior, estes são revoltados sem futuro), este tipo de pessoa não se importa em pisar ou passar por cima de quem quer que seja, ou então de trocar pessoas por coisas e acabar dizendo que é a vida. Nascem relacionamentos em que tudo é meramente palpável, se quem estiver ao lado não corresponder a expectativa, lamento já sabemos o fim disso tudo. Meus caros e raros amigos, todas estas pulsões dominantes que vem de forma externa e que domina o coração humano e o transforma em pedra, gera também um enorme aceleramento de processos em todas as áreas, por isso o coração acelera, por isso queremos e queremos e desejamos, não existe mais a paz, mas ainda assim a queremos, colocamos a felicidade em coisas materiais, e as possuímos, corremos atrás, e corremos nesta busca e sai de perto todo mundo, porque nós vamos vencer, a alternativa para aquele que não vence, não consegue possuir ou então entra em crises depressivas é justamente uma das maiores invenções o Livro de Auto-ajuda, sim o modelo para conseguirmos a felicidade ou as respostas imediatas, se ainda assim não funcionar, uma boa dose de espiritualidade talvez Neopentecostal funcione, Deus vai te ajudar, Deus vai fazer o milagre, acredite, tenha fé, siga as regras e tudo dará certo, porem esta fé é puramente externa e nos fatores externos. Todos estes ciclos geram pessoas extremamente preocupadas com o estereótipo e sem a mínima personalidade, que dão risada, mas não sorriem por dentro, que dizem amar, mas não demonstram carinho e nem de fato este amor.
este é apenas um simples exemplo de alguém que é dominado por um sistema de trocas, são seres programáveis que perderam a capacidade de ser, sem ao menos saber, o que importa agora é ter.

Porem o convite a humanização, é a Utopia de que podemos sim sentir e ser de verdade, de voltar a ter uma alma e um coração de carne que ainda sinta de verdade e que ainda ame, demonstre e enfrente a luta contra o natural e contra o aqui e agora. Bom quanto a isso é outra historia que prefiro contar pessoalmente...