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Eu que não quero ficar sentado no trono de um apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar...

Sem nada a dizer

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Passar um longo tempo sem escrever não me é de costume, porem já tive dias e os vivo ainda, em que escrevo, escrevo e por algum motivo dentro de mim uso a tecla delet, e ai não consigo salvar nada, penso ser um hipócrita, canalha, sem vergonha, egoísta, ganancioso, soberbo, perverso, talvez nesse momento em que estou apagando o que tinha eu por idéia, começo a perceber o quanto eu não tenho o que escrever, e o quanto não preciso escrever, mas por algum motivo tento fazer, e por algum motivo as vezes consigo, e as vezes para a alegria de muitos não consigo terminar o lixo que sai de minha mente.


Não que eu desvalorize um pensamento, ou idéia, mas sinceramente de mim nada se tira de bom, de mim só se tira imundícia, de mim só se tira eu, e constantemente luto contra isso, e uma luta que me parece não ter fim, e também nem sei o começo, só sei que existe.

Admito que diante de meus gritos escritos, ou audíveis, me sinto como se fosse o único ouvinte deles, e nesse momento percebo que não adiantam gritos esquizofrênicos, e nem uma tentativa de se provar algo muito menos teorias, sem que dentro de cada um esteja a forte fome de aprender , abrir a mente, expor o coração.

Só se entrega quem sabe que de nós não sai nada perfeito e quando se entrega se encontra o perfeito, só se entrega quem admite que não consegue vencer a batalha que acontece no interior.

Talvez minha água no deserto esteja no fato de que eu muitas vezes não consigo salvar os conteúdos de mim mesmo, mas consigo salvar minha alma em quem pode arquivar meu coração.


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1 comment

Ligia Souza disse...

É como se em nossa mente existisse um lugar vazio, um branco dentro de nos, onde depositamos nossos sentimentos, lembranças, alegrias, ideias, valores, e em algum momento nada faz sentido. Uma busca sem fim, as vezes sem ao menos saber pelo que, onde somente um momento de silencio grita mais alto do que qualquer palavra que possa ser dita, e somente o silencio pode ser compreendido...

23 de outubro de 2012 às 19:59